Um advogado cadeirante foi agredido por um delegado na tarde de segunda-feira (17), em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. A briga começou por causa de uma vaga especial para deficientes físicos.
O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, de 35 anos, disse ao G1 nesta quinta-feira (20) que naquele dia, por volta das 17h, foi de carro a um cartório no Centro da cidade. Ao procurar a vaga exclusiva na rua, encontrou outro veículo estacionado nela. “Não tinha nenhum selo nem nada que sugerisse que o proprietário era deficiente”, afirmou.
Morandini encontrou um lugar mais a frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado Damasio Marino, que não é portador de necessidades especiais, caminhando até o veículo parado na vaga especial.
“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente. Ficou em pé na minha frente. Mesmo assim, disse que ele estava errado", conta. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou de “aleijado filho da p...”. “Revoltado e enojado”, Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, afirma que recebeu a cusparada no rosto.
“Ele sacou uma arma e perguntou se eu queria morrer. No momento, não sabia que ele era policial. As pessoas que passavam pela rua saíram correndo”, contou o advogado. “Quando ele mirou na direção da minha cabeça, só consegui virar o rosto”, acrescentou o Morandini, que ficou paraplégico aos 17 anos após levar um tiro na coluna durante um assalto.
A versão dos dois difere em relação à agressão que se seguiu. O advogado diz que recebeu uma coronhada na cabeça e que teve o rosto atingido pela ponta da arma. O delegado, porém, nega ter sacado a pistola, segundo sua defesa. “Ele deu dois tapas no rosto dele. Apenas reagiu a uma cusparada”, disse o também advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva. Questionado sobre o fato de o policial ter estacionado em vaga exclusiva, o defensor afirmou que a noiva de Marino, grávida de 4 meses, não se sentia bem. “[Morandini] quis se prevalecer por causa de sua condição de cadeirante”, afirmou.
Ambas as partes afirmam que tomarão providências quanto ao ocorrido. “Ainda estou tomando medidas cabíveis, uma vez que fui humilhado, desrespeitado e constrangido por uma autoridade pública”, disse Morandini. O delegado, por sua vez, afirma ter feito uma representação em um Distrito Policial da cidade e que acionou a Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Corregedoria da Polícia Civil abriu um processo administrativo e instaurou inquérito para investigar o caso.
O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, de 35 anos, disse ao G1 nesta quinta-feira (20) que naquele dia, por volta das 17h, foi de carro a um cartório no Centro da cidade. Ao procurar a vaga exclusiva na rua, encontrou outro veículo estacionado nela. “Não tinha nenhum selo nem nada que sugerisse que o proprietário era deficiente”, afirmou.
Morandini encontrou um lugar mais a frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado Damasio Marino, que não é portador de necessidades especiais, caminhando até o veículo parado na vaga especial.
“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente. Ficou em pé na minha frente. Mesmo assim, disse que ele estava errado", conta. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou de “aleijado filho da p...”. “Revoltado e enojado”, Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, afirma que recebeu a cusparada no rosto.
“Ele sacou uma arma e perguntou se eu queria morrer. No momento, não sabia que ele era policial. As pessoas que passavam pela rua saíram correndo”, contou o advogado. “Quando ele mirou na direção da minha cabeça, só consegui virar o rosto”, acrescentou o Morandini, que ficou paraplégico aos 17 anos após levar um tiro na coluna durante um assalto.
A versão dos dois difere em relação à agressão que se seguiu. O advogado diz que recebeu uma coronhada na cabeça e que teve o rosto atingido pela ponta da arma. O delegado, porém, nega ter sacado a pistola, segundo sua defesa. “Ele deu dois tapas no rosto dele. Apenas reagiu a uma cusparada”, disse o também advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva. Questionado sobre o fato de o policial ter estacionado em vaga exclusiva, o defensor afirmou que a noiva de Marino, grávida de 4 meses, não se sentia bem. “[Morandini] quis se prevalecer por causa de sua condição de cadeirante”, afirmou.
Ambas as partes afirmam que tomarão providências quanto ao ocorrido. “Ainda estou tomando medidas cabíveis, uma vez que fui humilhado, desrespeitado e constrangido por uma autoridade pública”, disse Morandini. O delegado, por sua vez, afirma ter feito uma representação em um Distrito Policial da cidade e que acionou a Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Corregedoria da Polícia Civil abriu um processo administrativo e instaurou inquérito para investigar o caso.
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